Geração Z adota códigos para expressar emoções mal compreendidas | Boqnews
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Saúde mental

06 DE AGOSTO DE 2025

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Geração Z adota códigos para expressar emoções mal compreendidas

Especialista alerta: adultos precisam aprender a nova linguagem emocional para acolher os jovens

Por: Da Redação

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Nas redes sociais, o número “700” vem ganhando destaque entre os jovens. Esse código simples serve como forma de expressar dor emocional sem a necessidade de palavras. Para muitos, é uma maneira silenciosa de pedir ajuda sem se expor ao julgamento.

De acordo com o especialista em comportamento humano Orlando Pavani Júnior, esse tipo de comunicação representa mais do que criatividade — revela uma crise na conexão entre gerações.

Jovens criam códigos para escapar do julgamento

“Os jovens usam esses códigos justamente para não serem compreendidos pelas gerações anteriores”, explica Pavani. “Eles se comunicam dentro de um grupo que pensa e sente de forma semelhante. O ‘700’, por exemplo, parece ser uma forma de expressar sofrimento sem se tornar alvo de mais bullying.”

Essa escolha por códigos revela uma dificuldade maior: muitos jovens não conseguem falar abertamente sobre seus sentimentos. Pavani acredita que esse bloqueio surge da falta de acolhimento por parte dos adultos. “Falar claramente sobre o que sentem tem gerado ainda mais dor, pois faltam compreensão e respeito de quem não vive essa mesma realidade.”

Falar a língua dos jovens é um desafio necessário

A velocidade com que surgem novas linguagens e comportamentos distancia ainda mais pais, professores e outros adultos dos jovens. Para Pavani, o diálogo entre gerações se assemelha a uma conversa em outro idioma.

“É difícil, mas essencial. Cabe aos adultos tomarem a iniciativa de aprender essa nova linguagem emocional”, orienta. Ignorar ou ridicularizar esses códigos pode levar a perdas graves de conexão e empatia. “Eles podem ser o único jeito que um jovem encontrou de dizer ‘eu preciso de ajuda’.”

Escutar sem julgar pode salvar vidas

Pavani defende uma postura mais empática e atenta dos adultos. “Precisamos ouvir sem julgar, nos abrir para aprender com os mais jovens e nos esforçar para entender o que eles dizem, mesmo quando usam códigos.”

Para ele, essa é a única forma de criar um ambiente acolhedor, onde o jovem se sinta seguro para se expressar. “Se quisermos proteger essa geração, precisamos sair da nossa zona de conforto e aprender a falar a língua deles.”

Sobre Orlando Pavani Júnior

Orlando Pavani Júnior é especialista em Inteligência Comportamental, Cultura Organizacional e Primazia da Gestão. Atua como Diretor Presidente da HOLDING PAVANI, responsável pela Gauss Consulting Group e pela Olho de Tigre.

Criador do Método Olho de Tigre de Desenvolvimento Humano, Pavani acumula mais de 30 anos de experiência como consultor, mentor e educador. É autor de livros como As 30 Leis do Olho de Tigre e Consultoria Organizacional.

Possui mestrado em Administração Integrada pela Universidade São Francisco e em Administração e Desenvolvimento Empresarial pela FACECA, além de pós-graduações e certificações em áreas como coaching, neurociência e Programação Neurolinguística (PNL). Entre 2017 e 2020, presidiu o IBCO, consolidando-se como referência nacional em desenvolvimento humano e excelência organizacional.

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