Lula regulamenta a Lei de Reciprocidade Comercial | Boqnews
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Economia

15 DE JULHO DE 2025

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Lula regulamenta a Lei de Reciprocidade Comercial

Decreto permite governo responder ao tarifaço dos EUA

Por: Pedro Rafael Vilela
Agência Brasil

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (14) o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Comercial. O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, confirmou a informação em declaração à imprensa após um evento no Palácio do Planalto.

O governo publicará o teor do decreto em edição regular do Diário Oficial da União (DOU).

Portanto, a norma autoriza o governo brasileiro a adotar medidas comerciais contra países que imponham barreiras unilaterais aos produtos do Brasil no mercado global. A medida poderá ser usada para responder à imposição da tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos (EUA), a partir do dia 1º de agosto. Conforme anunciado na semana passada pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Segundo Rui Costa, o decreto não menciona especificamente nenhum país e estabelece os mecanismos necessários para dar cumprimento à lei.

“A chamada ‘reciprocidade’ permite uma resposta rápida caso outro país adote medidas semelhantes às anunciadas pelos Estados Unidos”, explicou.

Histórico

Dessa maneira, o Congresso Nacional aprovou a nova lei em março, e o presidente a sancionou em abril, como resposta direta à escalada da guerra comercial iniciada por Donald Trump contra dezenas de países.

No caso do Brasil, a tarifa inicialmente imposta pelos EUA foi de 10% sobre todos os produtos exportados para o mercado norte-americano. A exceção nessa margem de tarifas são o aço e o alumínio, cuja sobretaxa imposta pelos norte-americanos está em 25%, afetando de forma significativa empresas brasileiras, que constituem os terceiros maiores exportadores desses metais para os norte-americanos.

A Lei da Reciprocidade Comercial estabelece critérios para respostas a ações, políticas ou práticas unilaterais de país ou bloco econômico que “impactem negativamente a competitividade internacional brasileira”.

A norma valerá para países ou blocos que “interfiram nas escolhas legítimas e soberanas do Brasil”.

No Artigo 3º do texto, por exemplo, fica autorizado o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligado ao Executivo. A “adotar contramedidas na forma de restrição às importações de bens e serviços”, prevendo ainda medidas de negociação entre as partes antes de qualquer decisão.

Comitê de emergência

Para discutir como reagir às tarifas dos EUA, o governo também instalou um comitê de trabalho interministerial, com participação de setores empresariais da indústria e do agronegócio.

As primeiras reuniões do colegiado ocorrerão nesta terça-feira (15), sob liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin.

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