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Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

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06 DE MAIO DE 2025

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Brasil sobe no ranking do IDH da ONU, mas desigualdade ainda freia progresso

Relatório do Pnud mostra avanço do país em desenvolvimento humano, porém desigualdade social reduz o desempenho real do Brasil no cenário global

Por: Vitor Abdala
Agência Brasil

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O Brasil subiu duas posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2023, divulgado nesta terça-feira (6) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Com um IDH de 0,786, o país ocupa agora a 84ª colocação entre 193 nações, classificado como de alto desenvolvimento humano. O avanço em relação a 2022, quando o índice ajustado era de 0,780, representa um crescimento de 0,77%.

Apesar da melhora no indicador geral, a desigualdade social impacta diretamente o desempenho brasileiro. Quando ajustado para desigualdade, o IDH do país cai para 0,594, o que rebaixa o Brasil à 105ª posição, enquadrando-o na categoria de desenvolvimento médio. Esse dado evidencia um contraste entre o progresso nacional e os desafios internos.

A evolução histórica mostra uma trajetória constante, embora lenta. De 1990 a 2023, o crescimento médio anual do IDH brasileiro foi de 0,62%. Entre 2010 e 2023, essa média foi de 0,38% ao ano. Mesmo com avanços, o país ainda enfrenta dificuldades para alcançar o patamar dos países mais desenvolvidos.

Na comparação regional, o Brasil segue atrás de outras nações latino-americanas. O Chile lidera o bloco com um IDH de 0,878, na 45ª posição global. Outros nove países da América Latina e Caribe também integram o grupo de alto desenvolvimento humano.

Globalmente, a Islândia assumiu a liderança do ranking, com um IDH de 0,972, superando Suíça e Noruega. Por outro lado, o Sudão do Sul aparece na última colocação, com 0,388. A média mundial foi de 0,756 em 2023 — o maior índice desde a criação do relatório, apesar do ritmo de progresso ser o mais lento da história, segundo o coordenador do documento, Pedro Conceição.

Dados

Outro dado relevante é o IDH ajustado pela pegada de carbono, no qual o Brasil aparece na 77ª posição, com 0,702. Já na comparação entre gêneros, as mulheres brasileiras têm um IDH levemente superior ao dos homens (0,785 contra 0,783), devido a melhores índices de expectativa de vida e escolaridade.

O tema central do relatório de 2023 é a inteligência artificial. O administrador do Pnud, Achim Steiner, destacou a importância de usar a tecnologia como ferramenta para ampliar o desenvolvimento humano, alertando que a cooperação internacional será essencial para garantir que os avanços não aumentem ainda mais as desigualdades globais.

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