Mortes no trânsito na Baixada Santista crescem 8% no primeiro semestre | Boqnews
Foto: Carla Nascimento

132 casos fatais

30 DE JULHO DE 2025

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Mortes no trânsito na Baixada Santista crescem 8% no primeiro semestre

No primeiro semestre deste ano foram 132 mortes contra 122 no mesmo período do ano passado. No Estado de São Paulo, maior parte dos números em queda

Por: Da Redação

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O número de mortes no trânsito na Baixada Santista cresceu 8,2% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

Foram 132 vítimas fatais nestes seis meses do ano e 122 no mesmo período do ano passado.

Já o segundo semestre de 2024 foi bem mais violento: 159 mortes.

Em apenas dois dos seis primeiros meses deste ano, houve queda no número de vítimas fatais: fevereiro e maio.

Março, por sua vez, foi o mês com mais mortes no trânsito da região: 29 mortes – praticamente uma por dia.

O total de mortes no trânsito na Baixada Santista representa 4,4% do total no Estado de São Paulo (3.016 óbitos no total- ou seja, 16,7 mortes/dia).

Por sua vez, a população da região representa 4% do total do estado – ou seja, a média de mortes supera o total de habitantes em termos proporcionais.

Assim, ao longo da última década – de 2015 ao primeiro semestre deste ano – foram 2.733 pessoas que perderam a vida no trânsito da Baixada Santista.

Santos (477), Praia Grande (477), São Vicente (421) e Guarujá (360) lideram o total de vítimas fatais por números absolutos ao longo deste período.

No entanto, se levarmos em consideração a taxa de mortalidade por munícipio em relação ao total de moradores, Peruíbe (com 29,05 por 100 mil habitantes) é a 5ª no Estado de São Paulo.

Seguida por Bertioga (27,53/100 mil), a 8ª, e Itanhaém (24,52/100 mil), a 15ª.

Aliás, considerando apenas as cidades com mais de 300 mil habitantes, São Vicente é a quarta colocada (15,52 mortes/100 mil habitantes).

Por sua vez, Praia Grande, a sexta (14,89/100 mil) e Santos, a 15ª (10,77/100 mil).

Jovens

Aliás, os jovens são as principais vítimas.

Entre aqueles de 20 a 24 anos foram 241 homens e 53 mulheres, totalizando 294 pessoas.

Seguido por aqueles entre 25 a 29 anos: 215 homens e 44 mulheres, totalizando 259 vítimas.

Contramão

Por sua vez,  a realidade da região vai na contramão estadual.

Dados do Infosiga no Estado de São Paulo apontam queda de 5,9% nas mortes de pedestres, 5,4% dos ciclistas e 9,3% dos ocupantes de veículos na comparação entre os primeiros semestres de 2025 e 2024.

Acidentes com motos têm crescido. Foto: Vinícius Dantas/Arquivo

Mortes de motociclistas

Assim, o total de mortes de motociclistas têm crescido no Estado de São Paulo: 5,6% no período – ou seja, 1329 óbitos – pouco mais de sete por dia.

Aliás, as mortes entre motociclistas representam 44% do total de óbitos no trânsito paulista apenas neste primeiro semestre.

Em 2023, 46% das mortes no trânsito eram de motociclistas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

Em 2010, representavam 33%.

Especialistas relacionam esse cenário ao aumento na frota de motocicletas ao longo dos anos.

O estudo do Detran-SP apresentou que diversos municípios paulistas apresentaram tendência significativa de aumento na morte de motociclistas.

Na Baixada Santista, as mortes por motociclistas representam 38% do total, sendo 32% entre homens e 6% entre mulheres.

Dessa forma, lideram na comparação com outras formas de mobilidade.

Em segundo lugar, estão os pedestres que morrem em acidentes: 21% são homens e 7% mulheres, totalizando 28% do total de vítimas.

Os ciclistas surgem na sequência: 14% das vítimas fatais são homens e 2%, mulheres, somando 16%.

Nas ruas e estradas

Na última década, 1037 motociclistas perderam suas vidas na Baixada Santista – a metade por colisão (533).

De forma geral, a maior parte dos óbitos ocorre em ruas e avenidas (1.498, ou seja, 54,8%), ou seja, em trechos municipais.

Mas as rodovias que cortam a região também ajudam a impulsionar os trágicos números: 39,2%, ou seja, 1070 vítimas fatais.

“A partir desses recortes [do estudo], os municípios podem priorizar aquilo que representa o maior fator de risco e aquele público mais atingido pela sinistralidade. Cada município tem a obrigação de olhar para o seu sistema de trânsito e estabelecer medidas para o enfrentamento a esses problemas. Temos feito um trabalho para integrar os municípios”, explica Roberta Mantovani, diretora de Segurança Viária do Detran-SP.

Nesta quarta-feira (30), o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) divulgará dados em evento com jornalistas na Capital paulista.

De qualquer maneira, o órgão antecipou a tendência de queda de mortes no trânsito nos seguintes municípios com mais de 100 mil habitantes

Municípios com mais de 100 mil habitantes a apresentarem tendência de queda em mortes no trânsito:

  • Presidente Prudente
  • Guarujá
  • Guaratinguetá
  • Ribeirão Pires
  • Catanduva
  • Araraquara

Municípios com mais de 100 mil habitantes a apresentarem tendência de queda em mortes de pedestres no trânsito:

  • São Paulo
  • Santos
  • São José do Rio Preto
  • Mogi das Cruzes
  • Campinas
  • Guaratinguetá
  • Guarujá
  • Cubatão
  • Osasco

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