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10 DE JULHO DE 2025

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Principais erros jurídicos de pequenos empreendedores e como evitá-los

Advogada alerta sobre os riscos da informalidade e a importância da assessoria jurídica desde o início do negócio

Por: Da Redação

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Abrir o próprio negócio é o sonho de muitos brasileiros. No entanto, junto com a empolgação da nova jornada, surgem desafios que vão além da gestão e das vendas. Um dos pontos mais negligenciados por quem está começando é a parte jurídica – o que pode comprometer seriamente a saúde do negócio.

De acordo com a advogada Maria Isabel Capelas de Paiva, é bastante comum que pequenos empreendedores deixem de lado questões básicas como a formalização da empresa, o registro da marca ou até mesmo o conhecimento mínimo da legislação tributária e trabalhista.

“Muitos ainda acreditam que advogado só é necessário quando há um problema. Isso é um grande erro. A assessoria preventiva pode evitar prejuízos graves com fornecedores, clientes e até com o próprio fisco”, alerta a especialista.

Os erros mais frequentes

Entre os equívocos mais comuns de quem está começando, destacam-se:

– Não abrir CNPJ e não registrar a empresa nos órgãos competentes;

– Falta de conhecimento sobre as obrigações legais do ramo de atividade;

– Ausência de contratos claros com sócios, fornecedores e colaboradores;

– Desconhecimento do Código de Defesa do Consumidor (CDC), essencial para quem atende o público.

Maria Isabel explica que, juridicamente, uma empresa sem registro é considerada inexistente. “É como uma pessoa sem certidão de nascimento ou CPF”, exemplifica.

Papel da consultoria preventiva

Contratar um advogado antes de abrir as portas pode parecer um gasto desnecessário para alguns. Mas, na prática, é um investimento. A consultoria preventiva orienta desde a escolha do regime de contratação (CLT ou PJ), até a elaboração de contratos comerciais e a proteção da marca e da propriedade intelectual.

“O empreendedor deve conversar com o advogado sobre seus planos de curto e médio prazo. Isso permite traçar estratégias jurídicas alinhadas com os objetivos do negócio”, afirma.

Contrato indispensáveis 

A necessidade de contratos varia conforme o tipo de negócio. Empresas com atendimento presencial, por exemplo, podem precisar de contratos de locação, enquanto negócios online devem priorizar termos de uso e políticas de privacidade.

De modo geral, são recomendados contratos com:

– Sócios ou investidores;

– Fornecedores e prestadores de serviço;

– Colaboradores (CLT ou PJ);

– Clientes (sobretudo em serviços continuados).

Atenção redobrada

Com o crescimento do empreendedorismo digital, a exposição online torna ainda mais urgente a proteção da marca e do conteúdo produzido. No caso de e-books, cursos ou outros produtos autorais, o registro é essencial para garantir os direitos em caso de plágio ou uso indevido.

“Embora a lei garanta direitos autorais mesmo sem registro, na prática o documento oficial é o que dará segurança em uma eventual disputa judicial”, explica Maria Isabel.

O alerta final da advogada é direto: “Empreender sem respaldo jurídico é como dirigir sem cinto de segurança – pode até dar certo por um tempo, mas o risco de se machucar é grande”.

 

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