Uma rua que nada lembra a loucura e o corre-corre do bairro do Gonzaga, em Santos.
Porém, chama mais atenção por seu sobrenome do que por seu nome, principalmente em anos eleitorais, está é a Luis Suplicy.
Assim, ao longo da história foi um trecho marcado por suas mansões e residências de alto padrão, de grandes metragens.
Entretanto, ainda hoje essas casas se mantêm, mas em sua maioria para uso comercial ao invés de residencial e os prédios que ali subiram, também seguiram voltados ao alto padrão.
QUEM FOI LUIS SUPLICY?
Natural da capital do estado, Luis Suplicy chegou a terra da caridade com 13 anos, na segunda metade do século XIX.
Dessa forma, veio para trabalhar como empregado do comércio de Santos e pouco tempo depois tornou-se embarcador de café.
Assim, com pouco mais de 20 anos, vira corretor do ouro verde, atuando no ramo por mais de 40 anos.
Em 15 de julho de 1892 foi nomeado para o Conselho Municipal de Intendência. Faleceu em 1939.
PARENTE DE EDUARDO SUPLICY
No entanto, apesar de ambas as famílias serem reconhecidas por seu poder aquisitivo, não há registros de um parentesco direto entre o político Eduardo Suplicy e seu filho Supla com o Luis Suplicy.
Até mesmo a fonte de renda são distintas, Luis construiu fortuna trabalhando com café, enquanto Eduardo e Supla obtiveram parte de sua fama e renda por serem herdeiros diretos da família Matarazzo, famosa por ser pioneira na área da indústria paulistana.
SUPLICY OU SUPLICI?
É possível encontrar registro das duas grafias em documentos, no entanto, nos mais recentes é mais comum a utilização da vogal “I”.
Não é possível cravar de fato qual o correto, mas considerando a época em que viveu e tornou-se rua, é provável que o correto seja com “Y”, muito utilizado em nossa gramática e trocado pela vogal num movimento “abrasileirador” de nossas palavras na segunda metade do século passado.
A RUA
Segundo o livro de memórias da santista Edith Pires Gonçalves Dias, “Santos de ontem”, a via passou a levar o nome do corretor de café, pois era lá que ficava sua mansão.
Localizada entre o Canal 3 e a Av. Anna Costa, com cerca de 380m, este trecho foi sancionado pelo prefeito Antônio Gomide Ribeiro dos Santos, dando o nome de Luís Suplicy à Rua Paraguai em 1942, sendo a única da Baixada Santista.