No Brasil, a cor branca segue como a mais escolhida para a virada do ano. Associada à leveza e à limpeza, ela se tornou tradição no Réveillon, especialmente por influência da matriz afro-brasileira. Além do branco, outras cores também ganham destaque nesse período, cada uma carregando simbolismos que dialogam com desejos e expectativas para o novo ciclo. O amarelo costuma ser relacionado à prosperidade financeira, o rosa ao amor, o vermelho à paixão, o verde à esperança e à saúde, enquanto o dourado remete à abundância e o prateado a um visual moderno e inovador.
De acordo com a consultora de moda sustentável e jornalista especializada em moda e estilo de vida Suzana Azar, os significados das cores não são regras fixas e podem variar conforme a vivência de cada pessoa. Pelo senso comum, o azul está associado à serenidade, os tons de roxo e lilás à espiritualidade e o laranja à criatividade. Já o preto, embora pouco utilizado no Réveillon no Brasil por estar culturalmente ligado ao luto, é visto em outros países como uma cor de proteção e mistério e pode, sim, ser usado na virada do ano.
Escolha pessoal acima das tradições
Para Suzana, as cores tradicionais do Ano-Novo podem e devem ser adaptadas ao estilo pessoal. Há quem escolha o look da virada com base nos significados simbólicos, na astrologia ou na numerologia. Em 2026, por exemplo, o planeta regente é Marte, associado à cor vermelha, que também se conecta ao número 1 na numerologia cabalística. Ainda assim, a especialista reforça que o mais importante é o conforto e o bem-estar. Começar o ano se sentindo bonita, confiante e em sintonia consigo mesma faz mais diferença do que seguir regras.
Ela também destaca que não existem cores proibidas quando o assunto é tom de pele. Mesmo sem seguir métodos tradicionais de consultoria de imagem, Suzana acredita que a percepção no espelho é um bom indicativo: se a pessoa se sente iluminada e confiante, a escolha está certa. Pequenos ajustes de combinação e acessórios ajudam a equilibrar qualquer cor.
Consumo consciente e reaproveitamento
Além do simbolismo das cores, Suzana chama atenção para a importância do consumo consciente na virada do ano. Ela incentiva o reaproveitamento de peças que já estão no guarda-roupa, valorizando roupas que trazem boas memórias e conforto. Para renovar o visual sem gastar muito, você pode usar acessórios como bolsas, colares, lenços e brincos, já que pode reutilizá-los em diferentes ocasiões.
A customização também aparece como uma forma criativa e sustentável de transformar roupas antigas em peças atuais. Aplicações de renda, pinturas com estêncil ou grafite, desenhos abstratos e pequenos cortes em golas e mangas são recursos simples que ajudam a atualizar o visual. Para a especialista, o processo deve ser leve e intuitivo, respeitando o estilo e o momento de cada pessoa.