A eliminação precoce na Copa do Brasil 2025 agravou a crise no Santos. Fora de casa, o time empatou por 0 a 0 com o CRB no tempo normal e foi derrotado por 5 a 4 nos pênaltis. A queda na estreia da terceira fase encerrou a curta participação santista no torneio e expôs problemas que vão além das quatro linhas.
Golpes seguidos
Depois de um 2024 sem Copa do Brasil, o retorno à competição era visto como parte da reconstrução do clube. Mas o desempenho decepcionante nos dois jogos contra um adversário da Série B mostrou que a retomada prometida pela diretoria ainda não saiu do papel. Em campo, o Santos foi apático, com pouca criatividade ofensiva e sem capacidade de reagir.
Perdas que pesam no bolso
A eliminação também trouxe prejuízo financeiro. O clube deixou de embolsar R$ 3,6 milhões por não avançar à próxima fase. Com o orçamento no limite, o impacto vai além da premiação: menos jogos significam menos bilheteria, menos exposição e menos interesse de patrocinadores. Para um time que ainda tenta se reerguer após o rebaixamento de 2023, cada centavo perdido pesa.
Calendário vazio, elenco desmotivado
Com a eliminação, o Santos tem agora apenas o Campeonato Brasileiro pela frente. O time ocupa a parte de baixo da tabela e não apresenta sinais consistentes de evolução. A ausência de outros torneios torna o grupo menos competitivo, reduz a visibilidade e afasta reforços. Em junho, com a abertura da janela de transferências, o clube corre o risco de perder jogadores importantes e ver suas opções diminuírem ainda mais.
Neymar
A volta de Neymar gerou expectativas, mas ele tem carregado o time praticamente sozinho. Contra o CRB, criou chances claras, mas não foi suficiente. Após o jogo, deu sinais de frustração. Sem um elenco coeso ao redor, sua permanência no clube começa a parecer insustentável. O desgaste não é só físico, é psicológico.
Bagunça tática e emocional
Mesmo com nomes de peso como Zé Rafael, Soteldo e Tiquinho Soares, o Santos não consegue se organizar. Quando o gol não sai cedo, o time perde intensidade. A ansiedade toma conta, os erros se acumulam e a defesa cede. Gabriel Brazão, o goleiro, tem evitado placares piores, mas está cada vez mais exposto. A troca recente no comando técnico ainda não trouxe padrão ou equilíbrio.
O tempo corre contra
Com 31 rodadas do Brasileirão por disputar, ainda há margem para reação, mas o tempo é curto. Os próximos jogos contra Vitória, Bragantino e Botafogo devem definir o rumo da temporada. A torcida cobra, a diretoria tenta conter o clima de crise, mas o campo segue sendo implacável.
A grande dúvida que ronda o ambiente santista é: até quando Neymar vai remar sozinho? Uma pergunta que também pesa na mesa de negociações para sua renovação.
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