Audiência pública discute futuro do centenário Urbano Caldeira, casa do SantosFC | Boqnews
Foto: Divulgação/WTorre

Vila Belmiro

13 DE JULHO DE 2025

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Audiência pública discute futuro do centenário Urbano Caldeira, casa do SantosFC

Aberta ao público, audiência pública ocorrerá no Salão Mármore do Santos FC nesta segunda, a partir das 18 horas

Por: Fernando De Maria

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Inaugurado em 12 de outubro de 1916, o emblemático estádio do Santos FC Urbano Caldeira está com os dias contados.

O espaço histórico deverá ser derrubado e substituído por uma moderna arena, com capacidade para 30 mil torcedores, a ser construída pela W Torre.

Trata-se da mesma que já edificou o Allianz Parque, estádio do Palmeiras, na Capital.

O investimento previsto chega a R$ 700 milhões.

Além disso, com a entrega do futuro estádio, Santos entrará na rota nacional de grandes shows nacionais e internacionais.

Afinal, o novo espaço contará com capacidade para receber de 25 a 30 mil pessoas, dependendo da localização do palco no gramado.

Dessa forma, audiência pública que discutirá os destinos do estádio Urbano Caldeira – ou popular Vila Belmiro – acontecerá nesta segunda (14), a partir das 18 horas, no salão mármore da agremiação.

A proposta prevê a demolição plena do estádio, com deslocamento das suas atividades para outros pontos.

Inclusive o próprio Memorial das Conquistas, um dos pontos turísticos mais visitados de Santos.

As informações constam nos documentos apresentados pela empresa WTorre à Prefeitura de Santos dentro do Estudo de Impacto de Vizinhança, obrigatório dentro do Estatuto da Cidade.

No material disponível no site da prefeitura (acesse aqui) é possível identificar alguns pontos que serão discutidos durante a audiência pública.

Faixa da audiência pública colocada na Praça das Bandeiras, no Gonzaga, em Santos. Atividade aberta para todos os interessados. Foto: Nando Santos

Etapas

A demolição plena do estádio e a construção da nova arena no mesmo local – no quadrilátero das ruas Princesa Isabel, D.Pedro I, José de Alencar e Tiradentes – tem previsão de conclusão de 3 anos (36 meses).

A expectativa é que 1000 pessoas atuem diretamente na obra – sendo 100 de forma direta e outros 900, indiretos.

O futuro estádio terá capacidade aumentada em 50% – conforme dados que constam no documento – chegando a 30.040 lugares, divididos em cadeiras (12.690), patamares (17.184), PCR (151) e para pessoas com obesidade (15).

As arquibancadas contarão com 20.484 espaços, deck premium, 5.306, camarotes, 1.595 e arquibancada superior, 2.655.

Haverá um estacionamento no subsolo, com 387 vagas, sendo 265 para veículos, 24 destinados a portadores de necessidades especiais.

Além de 32 para público da terceira idade, além 66 vagas para motos, 31 para bicicletas e 6 para embarque e desembarque.

Estádio terá área construída aumentada em quatro vezes. Foto: Divulgação Santos FC-Arquivo

50 mil m2 a mais

O novo estádio será quatro vezes maior que o atual em termos de área construída.

Ou seja, a medida que ocupará o mesmo terreno, ele ganhará em altura.

Contará com lojas e restaurante, por exemplo.

Assim, agregará cerca de 50 mil m2 adicionais em relação ao atual Urbano Caldeira, hoje com 17.361,20 m2 de  área construída.

Passará para 67.946,69 m2 – ou seja quase quatro vezes mais em relação à atual metragem.

Apesar de ocupar um bairro residencial, o futuro estádio deverá atrair um público crescente em seu entorno, especialmente com o aumento do fluxo de veículos, alterações nos níveis de ruído no entorno, além da qualidade do ar.

Assim, como na geração de resíduos sólidos, além dos impactos no transporte de cargas, trabalhadores e outros equipamentos.

O próprio documento assinado pela WTorre e CPEA, encarregada da elaboração do estudo, atesta sobre os futuros impactos.

E apontam sugestões, como substituição dos grupos semafóricos tradicionais dos cruzamentos das avenidas Pinheiro Machado e Bernardino de Campos.

Além dos modelos existentes no cruzamento da Avenida Francisco Manoel e Claudio Luiz da Costa por semáforos inteligentes para avaliar a fluidez de acordo com a demanda.

Nos horários de pico, os fluxos de veículos são maiores pela manhã (entre 7h15 a 8h15 – com 25.007 veículos) e no final da tarde (24.101, entre 17h30 e 18h30).

Caindo para pouco mais de 11 mil por volta das 20h/21h, quando ocorrem as partidas de futebol, por exemplo.

Calçadas

Outra medida sugerida é a compatibilização entre o nível das ruas e das calçadas no entorno do estádio.

Além da adequação dos elementos de sinalização verticais e horizontais nas vias mais próximas do local.

A sugestão é que ocorre uma esplanada – com nivelamento da rua e calçada para facilitar o acesso dos torcedores e fãs em dias de jogos e shows.

Além de se tornar um boulevard turístico nos demais dias.

Sugere-se também a a implantação de câmeras em todo o perímetro do estádio e com conexão ao CCO – Centro de Controle Operacional para garantir maior segurança.

Futuro shopping

Vale lembrar que a pouco mais de 700 metros do futuro estádio será edificado o Litoral Plaza Santos.

O futuro empreendimento, com quase 100 mil m2 de área, tem previsão do início das obras até o final do ano – o que aumentará ainda mais o fluxo de veículos para aquela região.

Confira detalhes aqui.

Imagens do futuro empreendimento com quase 100 mil metros quadrados. Previsão de início das obras é para o segundo semestre de 2025. Foto: Divulgação

Vizinhos

Aliás, um dos desafios, porém, se refere à vizinhança, praticamente formada por moradores de casas localizadas no entorno do estádio.

Além de alguns (poucos) estabelecimentos comerciais e prédios de poucos andares.

Assim, em razão da derrubada do estádio, a suspensão de partículas no ar será inevitável, assim como a fumaça proveniente dos veículos e equipamentos de combustão a diesel.

“No que se refere aos níveis de ruídos, o aumento é característico de obras de implantação como a da Nova Arena do Santos Futebol Clube, considerando que haverá a demolição das edificações atuais, a utilização de equipamentos móveis e máquinas fixos e a movimentação de caminhões para o transporte de materiais”, descreve o estudo.

Além disso, os vizinhos terão que se acostumar com o barulho das obras.

“Internamente, as emissões atmosféricas e os ruídos afetam diretamente os trabalhadores, onde serão adotadas medidas de controle e mitigação estabelecidas na legislação e normas relacionadas à saúde e segurança do trabalhador”, informa.

“Quanto ao ambiente externo, podendo causar desconforto aos receptores das áreas vizinhas, serão realizados monitoramentos e estudos específicos para aplicação dos devidos controles”, finaliza o documento quanto às emissões atmosféricas e níveis de ruídos.

Assim, a audiência pública aberta ao público em geral, torcedores ou não do Santos FC, interessados sobre a obra e seus impactos diretos e indiretos.

 

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