A última etapa para a aprovação legal da futura arena do Santos FC está encerrada.
Dessa forma, as exigências técnicas foram cumpridas junto à Prefeitura de Santos, conforme legislação municipal.
Na edição desta quinta-feira, o Diário Oficial de Santos (pg. 66) publicou o deferimento do pedido de aprovação de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV do empreendimento.
Assim, nesta sexta (1), a partir das 11 horas, o prefeito Rogério Santos, ao lado do presidente do Santos FC, Marcelo Teixeira, e do deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), além do diretor de Novos Negócios da WTorre, Luiz Otávio Alves, fazem o anúncio oficial da obra à Imprensa.
A coletiva ocorrerá no Palácio José Bonifácio, sede da prefeitura de Santos.
No local, serão divulgadas as próximas etapas para o início das obras.
O espaço histórico deverá ser derrubado e substituído por uma moderna arena, com capacidade para 30 mil torcedores, a ser construída pela W Torre.
Trata-se da mesma que já edificou o Allianz Parque, estádio do Palmeiras, na Capital.
O investimento previsto chega a R$ 700 milhões.
Além disso, com a entrega do futuro estádio, Santos entrará na rota nacional de grandes shows nacionais e internacionais.
Etapas
A demolição plena do estádio e a construção da nova arena no mesmo local – no quadrilátero das ruas Princesa Isabel, D.Pedro I, José de Alencar e Tiradentes – tem previsão de conclusão de 3 anos (36 meses), após o início das atividades.
A expectativa é que 1000 pessoas atuem diretamente na obra – sendo 100 de forma direta e outros 900, indiretos.
O futuro estádio terá capacidade aumentada em 50% – conforme dados que constam no documento – chegando a 30.040 lugares, divididos em cadeiras (12.690), patamares (17.184), PCR (151) e para pessoas com obesidade (15).
As arquibancadas contarão com 20.484 espaços, deck premium, 5.306, camarotes, 1.595 e arquibancada superior, 2.655.
Haverá um estacionamento no subsolo, com 387 vagas, sendo 265 para veículos, 24 destinados a portadores de necessidades especiais.
Além de 32 para público da terceira idade, além 66 vagas para motos, 31 para bicicletas e 6 para embarque e desembarque.

Idealizado pelo escritório de arquitetura Luiz Volpato, futura arena ocupará o mesmo local do atual estádio Urbano Caldeira, na Vila Belmiro, em parceria do Santos FC com a WTorre. Foto: Divulgação
50 mil m2 a mais
O novo estádio será quatro vezes maior que o atual em termos de área construída.
Ou seja, a medida que ocupará o mesmo terreno, ele ganhará em altura.
Contará com lojas e restaurante, por exemplo.
Assim, agregará cerca de 50 mil m2 adicionais em relação ao atual Urbano Caldeira, hoje com 17.361,20 m2 de área construída.
Passará para 67.946,69 m2 – ou seja quase quatro vezes mais em relação à atual metragem.
Apesar de ocupar um bairro residencial, o futuro estádio deverá atrair um público crescente em seu entorno, especialmente com o aumento do fluxo de veículos, alterações nos níveis de ruído no entorno, além da qualidade do ar.
Assim, como na geração de resíduos sólidos, além dos impactos no transporte de cargas, trabalhadores e outros equipamentos.
O próprio documento assinado pela WTorre e CPEA, encarregada da elaboração do estudo, atesta sobre os futuros impactos.
E apontam sugestões, como substituição dos grupos semafóricos tradicionais dos cruzamentos das avenidas Pinheiro Machado e Bernardino de Campos.
Além dos modelos existentes no cruzamento da Avenida Francisco Manoel e Claudio Luiz da Costa por semáforos inteligentes para avaliar a fluidez de acordo com a demanda.
Nos horários de pico, os fluxos de veículos são maiores pela manhã (entre 7h15 a 8h15 – com 25.007 veículos) e no final da tarde (24.101, entre 17h30 e 18h30).
Caindo para pouco mais de 11 mil por volta das 20h/21h, quando ocorrem as partidas de futebol, por exemplo.
Calçadas
Outra medida sugerida é a compatibilização entre o nível das ruas e das calçadas no entorno do estádio.
Além da adequação dos elementos de sinalização verticais e horizontais nas vias mais próximas do local.
A sugestão é que ocorre uma esplanada – com nivelamento da rua e calçada para facilitar o acesso dos torcedores e fãs em dias de jogos e shows.
Além de se tornar um boulevard turístico nos demais dias.
Sugere-se também a a implantação de câmeras em todo o perímetro do estádio e com conexão ao CCO – Centro de Controle Operacional para garantir maior segurança.
Há também sugestões de ações para minimizar os impactos junto aos vizinhos do empreendimento, que irão conviver com a demolição do estádio e construção do novo.
Vale lembrar que outro empreendimento de porte naquela região já recebeu o aval da prefeitura de Santos há exatamente um ano.
Trata-se do futuro Santos Plaza Shopping, um complexo que prevê um shopping center, prédios comerciais e residenciais.
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