A estação mais quente do ano cria condições favoráveis para a proliferação de bactérias e o surgimento de infecções na região íntima feminina. A exposição frequente à praia e à piscina, aliada ao uso prolongado de biquínis e maiôs úmidos, pode favorecer quadros como vaginose e candidíase. Além disso, as altas temperaturas contribuem para o abafamento da área, o que pode provocar desconfortos como assaduras, alergias e desequilíbrios no pH vaginal.
Segundo a ginecologista Fernanda Nassar, os cuidados com a saúde íntima precisam ser intensificados durante o verão. Embora seja um período associado ao lazer e ao bem-estar, o calor excessivo pode impactar diretamente a região genital, exigindo atenção diária.
A especialista orienta a priorização de roupas leves, tecidos respiráveis e a manutenção de uma boa hidratação ao longo do dia. A higiene íntima adequada também é fundamental para prevenir infecções e reduzir irritações comuns nessa época do ano.
A médica alerta ainda para hábitos que devem ser evitados, especialmente após o contato com água do mar ou da piscina. Permanecer por longos períodos com peças íntimas molhadas ou úmidas aumenta o risco de problemas ginecológicos. O uso de tecidos sintéticos, como poliéster e poliamida, também deve ser reduzido, já que dificultam a ventilação da região.
Outro ponto destacado é o cuidado com soluções caseiras utilizadas para aliviar desconfortos. De acordo com a ginecologista, misturas improvisadas podem desencadear reações alérgicas e agravar irritações, sendo sempre mais seguro buscar orientação profissional diante de sintomas persistentes.