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08 DE AGOSTO DE 2025

Pacificar para evitar o pior

Humberto Challoub

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O ambiente político conturbado vivido no País tem produzido reflexos negativos em vários setores e motivado a preocupação de que essa turbulência possa comprometer, de forma grave e por longo tempo, o desenvolvimento social e econômico brasileiro.

Marcado por contradições e pelas intransigências motivadas pela polarização ideológica, o cenário de divisão interna tem, ao longo dos anos, representado o grande entrave para a introdução das ações de médio e longo prazos necessárias para alcançar as melhorias almejadas por todos.

A divergência entre os poderes constituídos somada à priorização de interesses políticos partidários impedem o aprofundamento do debate sobre temas relevantes e, mais uma vez, adiam decisões importantes sobre questões que cada vez mais afligem a sociedade, especialmente nas áreas da segurança, saúde, educação e economia.

Afasta-se, assim, a possibilidade de convergência de ideais no que diz respeito ao desejo de todos os brasileiros na transformação da Nação, a partir de um modelo de inclusão social sustentável, desassociado da subserviência eleiçoeira e alicerçado em princípios éticos que devem guiar o comportamento dos representantes políticos que ocupam cargos públicos e autoridades constituídas.

Portanto, não se justifica, neste momento, que o acirramento de opiniões e divergência de ideias estimulem conflitos maniqueístas, gerando violência e criando terreno fértil para a atuação de oportunistas políticos.

Todas as manifestações de pensamento são legítimas e, por isso, devem ser respeitadas em sua essência, assim como a vontade da maioria que se expressa por meio do voto dentro do regime democrático republicano, sejam elas a favor ou contra nossa vontade.

Unir propósitos em prol do bem comum sempre será o melhor caminho para o estabelecimento de um ambiente pacificado, uma soma de esforços necessária para evitar que o aprofundamento da crise produza ainda mais prejuízos à população, que ao final é sempre a que paga a conta pela intransigência e arrogância de poucos.

É sabido que até as próximas eleições presidenciais, marcadas para 2026, o País dificilmente deixará de continuar enfrentando o clima adverso das disputas políticas.

Contudo, diante do atual momento conturbado, é necessário que as principais lideranças institucionais brasileiras tenham a consciência e a altivez para entender que os interesses do Brasil devem desarmar espíritos e unir esforços, abrindo canais de diálogo para reestabelecer a paz e o entendimento necessários a fim de evitar um mal ainda maior à Nação.

 

Humberto Challoub é jornalista, diretor de redação do jornal Boqnews e do Grupo Enfoque de Comunicação

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