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28 DE FEVEREIRO DE 2025

Depois que o carnaval passar

Humberto Challoub

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Tão logo a euforia carnavalesca chegue ao fim na Quarta-Feira de Cinzas, o País obrigatoriamente voltará à dura realidade de dirigir atenções aos principais problemas que atualmente afligem a população brasileira.

Especialmente as consequências geradas pelas crises política e econômica motivada pelo desequilíbrio nas contas do Governo Federal.

Fragilizado pelo baixo desempenho obtido nas últimas eleições municipais, o PT não consegue articular uma mínima base de sustentação no Congresso Nacional e, por isso, impõe ao presidente Lula muitas dificuldades para implementar projetos dirigidos ao enfrentamento dos principais problemas brasileiros, especialmente os que refletem na alta dos preços dos alimentos.

A pouca disposição para dialogar com partidos não alinhados com a sua ideologia isolou o presidente e reduziu suas chances de unir ideais antagônicos e, assim, superar com destreza política as dificuldades impostas pela oposição.

Da mesma forma, Lula não demonstra firme propósito para implementar o ajuste fiscal necessário visando recuperar a credibilidade perdida e as condições econômicas para garantir os investimentos básicos para a população.

Ao contrário, resiste à realização de cortes de gastos em diversas áreas da administração e opta por repetir as mesmas ações e fórmulas que maquiam a realidade.

Como agravante, insiste em promessas difíceis de serem cumpridas e recorre ao velho expediente de aumentar impostos como instrumento para a promoção da justiça social.

Ao que tudo indica, o presidente Lula cumprirá o restante de seu mandato com a plena ilusão de colocar em ação o ambicioso plano de elevar o patamar econômico e social do Brasil, a partir de investimentos em infraestrutura, na educação, na preservação do meio ambiente e na melhoria do atendimento nas áreas de saúde pública.

Há de se recordar que tantos outros governantes tiveram o mesmo dissabor em seus mandatos e souberam entender que o cargo exercido delega direitos incontestáveis, mas impõe deveres institucionais que incluem a obrigação de dar total transparência e a devida publicidade aos atos praticados na função, que devem estar alinhados aos interesses da sociedade.

Com Lula não há de ser diferente.

A ele foi dado o voto de confiança subscrito pela maior parte do eleitorado brasileiro, uma outorga que deveria respeitada com altivez e dignidade.

A todos, sem exceção, interessa a recuperação do País, uma vez que os bons resultados almejados serão benéficos aos brasileiros, especialmente aos que já perderam a crença na construção de um País melhor.

 

Humberto Challoub é jornalista, diretor de redação do jornal Boqnews e do Grupo Enfoque de Comunicação

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