Adversários não são inimigos I
Na política, adversários não são inimigos.
Esta foi a tônica dos discursos das autoridades presentes no ato de assinatura do lançamento do edital do túnel Santos-Guarujá, com data para conhecimento do vencedor em agosto.
Adversários não são inimigos II
Aliás, esta obra, aguardada há mais de um século, é avaliada em R$ 6 bilhões, a serem divididos pelos governos estadual e federal.
Aliás, seu início ocorrerá com gestores públicos de visões ideológicas distintas.
No caso, o presidente Lula (PT) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Aula de democracia
“Tem gente, Tarcísio, que não gosta que você esteja ao meu lado. E tem gente do meu governo e do PT que não gosta que eu esteja ao lado de você. Mas nós só temos um lado: o do Brasil”.
A frase de Lula, dita durante evento, reforçou a ideia de que, independente de visões ideológicas distintas, ser adversário não significa ser inimigo.
Pelo contrário.
No mesmo tom
O governador Tarcísio de Freitas, homem ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, seguiu na mesma linha e reconheceu a importância da união tanto dos governos federal como estadual com o mesmo objetivo.
“Este é um dia para celebrar. Dia da vitória do investimento, onde é possível construir uma forma onde as diferenças (políticas) sejam deixadas de lado”.
Elogios
O governador também elogiou os ministros que abriram as portas para que os pleitos do governo paulista fossem atendidos, com recursos do BNDES, como a expansão do metrô paulista.
A lamentar
Aliás, deve-se lamentar a ausência de vários deputados estaduais e federais da Baixada Santista no evento. Afinal, independente da questão ideológica, o futuro túnel será um marco do desenvolvimento.
Da região, apenas o deputado Paulo Alexandre Barbosa (federal) e Solange Freitas e Caio França, ambos estaduais, compareceram.
De volta à realidade
Se pela manhã, a união foi a palavra de ordem entre políticos de oposição, à tarde o clima esquentou na Câmara, entre vereadores do PL e do PT, inclusive com acusação de capacitismo.
A lamentar.
Favelas
Ao sobrevoar a região antes de chegar a Santos, o presidente Lula ficou abismado com o volume de palafitas na região.
Além disso, prometeu ampliar parcerias com os governos do Estado e os municípios.
Aliás, a região tem mais de 300 mil pessoas vivendo em favelas.
Menos tensionado
Com um Congresso com forte viés ideológico e de oposição ao governo atual, o presidente da Casa, Hugo Motta, prometeu deixar de lado as divergências.
“A tensão só faz mal ao próprio brasileiro. O modelo de Santos vai replicar a todo o País. É possível fazer política com pontos divergentes”, salienta.
Polícia municipal
Com base em decisão do Supremo Tribunal Federal estabelecendo que guardas municipais podem fazer policiamento urbano, o vereador Adilson Jr (PP) apresentou projeto na Câmara alterando o nome da GM para Polícia Municipal de Santos, com necessidade de mudança na Lei Orgânica.
Proposta semelhante foi apresentada por Adriano Catapreta (PSD).
Quem responde?
Quais…
políticos adversários seguirão as palavras de união destacadas pelo presidente Lula e o governador Tarcísio em Santos?
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