O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje (20) a retirada da tarifa de importação de 40% sobre determinados produtos brasileiros.
Constam na lista divulgada pela Casa Branca produtos como café, chá, frutas tropicais e sucos de frutas, cacau e especiarias, banana, laranja, tomate e carne bovina.
No caso específico do café, trata-se de uma boa notícia não só aos produtores, mas também ao Porto de Santos.
Afinal, o Porto de Santos respondeu, em 2024, por 71% do valor das exportações nacionais do grão em dólares Free on Board (US$ / FOB).
No mesmo período, mais de 1,8 milhão de toneladas passaram pelo complexo santista.
Assim, representando um crescimento de 20% em relação a 2023.
Portanto, na ordem executiva publicada pela Presidência dos EUA, Trump diz que a decisão foi tomada após conversa por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as questões identificadas no Decreto Executivo 14.323”.
De acordo com a publicação, essas negociações ainda estão em andamento.
Além disso, foram consideradas informações e recomendações adicionais de diversas autoridades que têm acompanhado as circunstâncias relativas ao estado de emergência declarado no Decreto Executivo 14.323.
Importações agrícolas
Segundo as recomendações recebidas por Trump, “certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional de 40% imposta pelo Decreto Executivo 14.323, porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil”, especifica a publicação oficial.
A Casa Branca divulgou, em um anexo, a lista de produtos retirados da alíquota de 40%.
“Especificamente, determinei que certos produtos agrícolas não estarão sujeitos à alíquota adicional de imposto ad valorem imposta pelo Decreto Executivo 14.323″, diz o texto.BNM
No entendimento de Trump, “essas modificações são necessárias e apropriadas para lidar com a emergência nacional declarada no Decreto Executivo 14.323”.
No entanto, a elevação da inflação, hoje na casa dos 3% nos EUA, aliada ao descontentamento dos eleitores americanos – com a vitória dos democratas na eleição ocorrida recentemente – ajudaram a acelerar o processo para a retirada da taxa extra de 40%.
(*) Com informações da Redação
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