Um dos principais nomes do romantismo brasileiro e muito lembrado por estudantes na matéria de matemática, para cálculos em trigonometria com a fórmula que mistura sua obra mais famosa com o cálculo: Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, seno A x cosseno B, seno B x cosseno A… Esse é Gonçalves Dias.
Assim, ao longo de sua vida também teve uma importante ligação com a cidade de Santos.
Casou-se com a filha de um dos provedores da Santa Casa, Claudio Luís da Costa.
Da mesma forma, também escreveu sobre uma tribo indigena que da nome a uma rua no Gonzaga, Timbiras, conforme matéria publicada recentemente: https://www.boqnews.com/etc/rua-tymbiras-a-sobrevivente/
QUEM FOI GONÇALVES DIAS
Antônio Gonçalves Dias nasceu em 10 de agosto de 1823, no Sítio Boa Vista, em terras de Jatobá.
O local fica a cerca de 68km de Caxias (MA), hoje pertencente ao município de Aldeias Altas.
Assim, era filho de uma união não oficializada entre o comerciante português João Manuel Gonçalves Dias e Vicência Mendes Ferreira, maranhense mestiça de origem indígena e negra.
Portanto, após o casamento de seu pai com Adelaide Ramos D’Almeida, pertencente a uma ilustre família de São Luís, Gonçalves Dias passou a viver com o casal e sua madrasta.
Entretanto, João Manuel e Adelaide tiveram mais quatro filhos.
Durante esse período, o menino foi proibido de visitar sua mãe biológica, Vicência, a quem reencontraria apenas quinze anos depois.
No entanto, em 1835 iniciou seus estudos de latim, francês e filosofia em uma escola particular.
Trabalhou também como caixeiro, ajudando na escrituração da loja de seu pai, que viria a falecer em 1837.
AS AVES QUE AQUI GORJEIAM, NÃO GORJEIAM COMO LÁ
Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra em 1844.
Portanto, foi durante seu período em Portugal que escreveu sua obra mais famosa, Canção do Exílio.
Assim, de volta ao Brasil, foi nomeado professor de Latim e História no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.
Serviu ainda como oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros, exercendo importantes missões diplomáticas no exterior.
NOSSO CÉU TEM MAIS ESTRELAS
Em 1852, casou-se com Olímpia Corcilana da Costa, filha do Dr. Cláudio Luís da Costa, que residia em Santos e foi provedor do Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Santos entre 1836 e 1838.
NOSSAS VÁRZEAS TÊM MAIS FLORES
Poeta de profunda inspiração, Gonçalves Dias foi um dos maiores nomes da literatura brasileira.
Assim, também atuou como dramaturgo, jornalista e etnógrafo, com colaboração na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859–1865).
Com isso, sua obra se identifica com a primeira geração do romantismo brasileiro.
Seu trabalho contribuiu decisivamente para a formação da literatura e da identidade cultural do país.
Entre suas produções em prosa e verso, destacam-se Os Timbiras, Beatriz Lenci (poema de cunho abolicionista), Últimos Contos, Segundos Contos, Sextilhas de Frei Antão e Dresda.
Seu poema Canção do Exílio é considerado o mais popular da literatura brasileira.
Também é autor dos épicos I-Juca Pirama e Canção do Tamoio.
NOSSOS BOSQUES TÊM MAIS VIDA
Antônio Gonçalves Dias morreu em 3 de novembro de 1864, aos 41 anos, vítima de naufrágio do navio francês Ville de Boulogne, nas costas do Maranhão, próximo ao baixo dos Atins, na baía de Cumã, município de Guimarães (MA).
NOSSA VIDA MAIS AMORES
Patrono da Cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras, atualmente ocupada por Marco Lucchese, Gonçalves Dias permanece como um dos maiores símbolos do romantismo nacional e da construção da identidade literária do Brasil.
A RUA
Localizada no Centro, com cerca de 150m, era conhecida até parte do Império como o Beco ou Travessa do Alvarenga (posteriormente rua), até o dia 28 de dezembro de 1865.
Assim, após essa data, o presidente da Câmara, Antônio Ferreira da Silva Júnior, o Visconde do Embaré, alterou seu nome para Travessa São Leopoldo.
Na primeira sessão após a proclamação da República, em 21 de novembro de 1889, a Câmara, sob a presidência de Júlio Conceição, atendende a um pedido dos munícipes, renomeando alguns logradouros com nomes de chefes do Governo Provisório da República e a Travessa São Leopoldo passou a ser designada Travessa Campos Sales, mas não caiu no gosto popular.
A atual denominação foi oficializada pela lei 647, de 16 de fevereiro de 1921, com vigência a partir de 1º de janeiro de 1922.
Portanto, sancionada pelo prefeito municipal coronel Joaquim Montenegro.
Na Baixada Santista, as cidades de Guarujá, Praia Grande e Peruíbe também homenageiam o poeta em suas ruas.

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