A Prefeitura de Santos continua mobilizada para ajudar as famílias atingidas pelo incêndio que destruiu cerca de 100 casas sobre palafitas no Caminho São Sebastião, na Zona Noroeste.
O CRAS Rádio Clube já cadastrou 242 famílias, totalizando 549 pessoas em situação de vulnerabilidade. Parte dessas pessoas aceitou o acolhimento no Complexo Esportivo da Zona Noroeste. No local, elas recebem alimentação do restaurante Bom Prato da Vila Gilda e da cozinha comunitária. Além disso, a escola municipal Pedro Crescenti permanece de prontidão para acolher novas famílias, se necessário.
Como resposta emergencial, a Prefeitura e o Governo do Estado vão oferecer R$ 1 mil por mês em auxílio-aluguel. A Prefeitura contribui com R$ 600, enquanto o Estado paga os R$ 400 restantes.
As secretarias municipais intensificaram o atendimento direto aos desabrigados. As equipes entregam refeições, água potável, roupas, colchões e kits de higiene. Também garantem apoio psicológico às famílias. Para reforçar o suporte, a Defesa Civil do Estado enviou colchões, cobertores e mais kits de higiene.
Enquanto isso, o Centro de Convivência Rádio Clube funciona como base de apoio e distribui cestas básicas para quem mais precisa. A Secretaria de Saúde mantém psicólogos de plantão na Policlínica Vila Gilda, garantindo atendimento contínuo à comunidade afetada. Hoje, sexta-feira (8), a Prefeitura realiza uma ação especial na Vila Gilda para atender as vítimas do incêndio e outros moradores que precisem dos serviços.
O prefeito de Santos esteve no local da tragédia e reafirmou o compromisso com as famílias. Segundo ele, nenhuma pessoa ficará sem assistência. Por isso, a Prefeitura também articula com os governos estadual e federal a entrega de novas moradias.
Plano habitacional
O plano habitacional prevê a conclusão de 900 unidades nos próximos meses. Além disso, a cidade pretende construir mais mil moradias com recursos do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF).
A solidariedade da comunidade tem feito diferença. Moradores da região se uniram para organizar doações de alimentos, roupas e colchões. A Associação dos Moradores da comunidade virou ponto de arrecadação. “Não dá para ficar parado vendo tanta gente sem nada”, afirmou Andrea de Souza, responsável pela associação.
Durante o incêndio, o desespero tomou conta dos moradores. Rosimar Marques, dona de casa, relatou que sua filha a acordou gritando. “Só deu tempo de fugir. O fogo tomou conta de tudo muito rápido”, contou, emocionada.
Atualmente, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil investigam a origem do incêndio. Enquanto isso, o apoio às famílias segue firme por todas as frentes.
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