Dor lombar nas mulheres: quando o corpo pede atenção | Boqnews
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Autocuidado

06 DE AGOSTO DE 2025

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Dor lombar nas mulheres: quando o corpo pede atenção

Mais de 34% das brasileiras convivem com dores frequentes nas costas. Entenda por que isso acontece e como o Pilates clínico pode ajudar

Por: Da Redação

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A dor lombar é uma velha conhecida de muitas mulheres brasileiras. Nesse sentido, mais do que um incômodo pontual, ela pode ser o reflexo de uma rotina intensa — marcada por múltiplas jornadas, sobrecarga emocional e dificuldade em perceber os sinais do próprio corpo.

Não por acaso, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, 34,4% das mulheres adultas no Brasil relatam dores frequentes na região das costas — um índice superior ao observado entre os homens (26,5%).

Nem sempre o problema está na postura

Embora fatores como sedentarismo e má postura sejam frequentemente associados à dor lombar, eles não explicam toda a complexidade do quadro. Segundo a fisioterapeuta Luciana Geraissate, especialista em reabilitação funcional e Pilates clínico, a dor lombar costuma ter origem multifatorial.

“É muito comum atender pacientes que não sofreram trauma ou lesão, mas que convivem com uma dor constante na lombar. Quando investigamos mais a fundo, percebemos que o corpo está respondendo a anos de sobrecarga, estresse, má respiração, falta de fortalecimento e distúrbios do sono,” explica Luciana.

Estudos confirmam: a dor tem múltiplas causas

Uma pesquisa da Revista Brasileira de Epidemiologia mostra que mulheres com múltiplos filhos têm até 2,8 vezes mais chances de desenvolver dor lombar crônica. Outros fatores de risco incluem:

  • Idade acima de 50 anos

  • Tabagismo

  • Obesidade

  • Insônia

  • Depressão

O impacto é significativo. Em 2017, mais de 25 milhões de brasileiros sofreram com dor na coluna, uma das principais causas de incapacidade no país, segundo dados do Global Burden of Disease.

A dor pode se agravar com o tempo

Portanto, o uso prolongado de salto alto, longas horas sentada e alterações hormonais também podem contribuir para o agravamento do quadro — especialmente quando não há preparo físico ou suporte muscular adequado.

Além disso, a carga mental, associada às responsabilidades no trabalho e em casa, pode levar à negligência dos sinais de alerta. “O corpo vai se adaptando como pode, até que os mecanismos de compensação deixam de funcionar, e a dor se torna persistente,” explica Luciana.

A importância do atendimento individualizado

Para Luciana, o atendimento fisioterapêutico precisa ir além da técnica. “Escutar o paciente, entender sua rotina e propor um plano individualizado é essencial para interromper o ciclo da dor”, reforça.

O papel do Pilates clínico

Nesse contexto, o Pilates clínico tem ganhado destaque. Diferente das aulas convencionais, a prática terapêutica é adaptada às necessidades de cada paciente. Entre os benefícios estão:

  • Fortalecimento da musculatura profunda

  • Maior mobilidade das articulações

  • Melhora do alinhamento postural

  • Aumento da consciência corporal

“Quando bem orientado, o Pilates clínico pode reduzir a dor e prevenir recorrências”, afirma a fisioterapeuta.

Atenção aos sinais do corpo

Apesar da eficácia dos tratamentos, muitas mulheres só procuram ajuda quando a dor já interfere nas atividades do dia a dia. Portanto, as sensações como rigidez ao acordar, desconforto ao ficar sentada ou episódios de travamento da lombar não devem ser ignoradas.

“O corpo sempre avisa. A gente é que, muitas vezes, não escuta”, alerta Luciana.

Fisioterapia com ciência e acolhimento

Luciana defende uma abordagem que una conhecimento técnico e escuta empática. “Toda dor tem uma história. E toda história merece ser ouvida.”

Sobre Luciana Geraissate

Luciana Geraissate é fisioterapeuta com mais de 15 anos de experiência e fundadora da clínica que leva seu nome, em São Paulo. Além disso, é especialista em fisioterapia, Pilates clínico e reeducação postural, com foco na prevenção e tratamento de dores musculoesqueléticas.

Além disso, seu trabalho é marcado pela escuta ativa, análise detalhada de cada corpo e criação de protocolos terapêuticos personalizados, baseados em ciência e resultados. Dessa forma, também ministra cursos e palestras sobre autocuidado e fisioterapia preventiva.

Mais informações: www.lucianageraissate.com.br

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