Nos últimos anos, a popularidade de procedimentos estéticos não invasivos, como a aplicação de toxina botulínica (conhecida como Botox), aumentou consideravelmente. Contudo, com esse crescimento, surgiram também novos riscos, principalmente relacionados à comercialização de produtos falsificados e à realização de procedimentos por profissionais não qualificados.
A dermatologista Natália Venturelli alerta que o uso de Botox falsificado pode resultar em complicações sérias, como infecções, reações alérgicas graves e até o botulismo – uma doença potencialmente fatal causada pela toxina botulínica administrada em doses inadequadas. “O botulismo pode causar paralisia muscular generalizada, afetando funções vitais, como a respiração. O risco é real e pode ser fatal se não tratado a tempo”, explica a especialista.
A falsificação de Botox envolve, muitas vezes, a diluição da substância de maneira incorreta ou até a substituição por compostos desconhecidos, que podem não só diminuir a eficácia do procedimento, como também provocar deformidades faciais, necrose da pele e danos neurológicos irreversíveis. Além disso, a realização do procedimento por profissionais sem a formação necessária aumenta a chance de erros na dosagem e na técnica, intensificando os riscos.
Contudo, para prevenir esses problemas, é fundamental buscar profissionais qualificados e verificar a procedência do produto utilizado. Venturelli enfatiza: “O paciente deve exigir que a embalagem seja aberta na sua frente e conferir se o produto tem registro na Anvisa. Optar por procedimentos mais baratos pode sair caro quando a saúde está em risco.”
Casos de Botox falsificado já foram alvo de investigações conduzidas pela Anvisa e pela Polícia Federal, com apreensões em clínicas clandestinas e relatos de complicações graves. Especialistas alertam que a busca pela beleza não pode ultrapassar a segurança, e a escolha de um profissional qualificado é essencial para evitar riscos desnecessários.
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