Existe uma categoria de pessoas que se propõe ser infeliz.
Reclama de tudo. Principalmente do trabalho.
Antagoniza-se com o chefe, detesta o patrão. Todos parecem conspirar contra o infeliz subordinado.
São aquelas pessoas que não estão contentes com o que fazem, mas não procuram fazer aquilo que as tornaria satisfeitas.
Não conseguem perceber que o trabalho também pode ser uma forma de alegria, se encarado com outro enfoque.
Quando se faz aquilo de que se gosta, não se colhe estresse, não se fabrica depressão.
O trabalho é fonte de felicidade, para quem o encare à luz da realidade.
Primeiro, é preciso ter força de vontade.
Se você se considera melhor do que os seus colegas, se acha que não está sendo valorizado no emprego, procure outro.
Habilite-se. Qualifique-se. Aprenda novo idioma.
Faça um curso rápido para adquirir outras habilidades.
Se você quiser ser feliz no seu trabalho, é preciso estimular o seu cérebro a reconhecer o que existe de bom nele.
O sentimento de felicidade é construído e influenciado por fatores internos e externos.
É preciso engajar-se, apaixonar-se e satisfazer-se com o seu ambiente e com a sua função.
É urgente encontrar suas motivações.
Por que você escolheu aquilo que faz? Por que continua a fazê-lo? Você gostaria de fazer outra coisa?
Faça um roteiro de passos para se tornar mais feliz no trabalho. Aproxime-se de seus colegas.
Procure entender a sua chefia. Colabore com ela. Forme uma rede de apoio.
Quando se tem relacionamentos mais calorosos, é-se mais feliz. As conexões são importantes também para a vida pessoal.
Invista num ambiente saudável. Faça amizades no seu local de trabalho.
Incorpore práticas de bem-estar. Promova momentos de atividade física para relaxar e descomprimir a pressão acumulada.
Principalmente, procure sempre algo de novo para aprender. Um dia em que você não aprende nada que ainda não conhecia, é um dia perdido.
Se nada adiantar, pergunte-se, com honestidade: será que o problema não é você? Mude o rumo de sua vida.
Tenha coragem e vá fazer aquilo que satisfaz o seu ego, a sua vontade de vencer na vida, a sua ambição.
Mas não reclame tanto. Há muita gente que ficaria feliz fazendo o que você faz e ocupando a vaga que você despreza.
José Renato Nalini é reitor da Uniregistral, docente da pós-graduação da Uninove e secretário-executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.
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